© slinkachu
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COMO VER COISAS INVISÍVEIS?

Artista Convidada: BEATRIZ MARQUES DIAS
22 > 26 MAI 2023 / E.B. 1 Santa Maria, Lagos
12 > 16 JUN 2023 / E. B. 1 Chinicato + Centro Escolar da Luz, Lagos

Quando penso em arte urbana, normalmente, penso em coisas gigantes, em graffitis que ocupam um prédio todo, do chão até lá a cima, a arranhar o céu. Contudo, há pouco tempo, conheci as obras de um artista que inverteram esta minha ideia. Stuart Pantoll, mais conhecido por Slinkachu, é um artista urbano que cria instalações minúsculas em grandes cidades.

Com bonecos de escala reduzida, objectos miniaturas e outros objectos variados como rolhas de garrafas, atacadores de sapatos ou cascas de laranja, Slinkachu cria mini instalações. As suas obras são quase impossíveis de se encontrar, são quase invisíveis, só um observador muito atento pode encontrar no meio de uma cidade, um mini gelado derretido com duas pessoas a banharem-se ou uma miniatura a andar de skate na casca de uma laranja.

O trabalho deste artista faz-me pensar no tamanho das coisas, na relação entre o tamanho de algo e a sua importância, no tempo que precisamos para ver os pormenores de algo, no nosso tamanho em relação ao do universo e no frenesim da vida na cidade.

Como é que gostavas que fosse a cidade onde vives? Onde é que brincas na cidade? Se tivesses de desenhar uma cidade como é que ela seria? Qual o sítio do mundo onde gostavas de viver? Como é que imaginas um dia perfeito? Como é que imaginas o futuro? Reparas no que te rodeia? O que viste no caminho de casa até à escola?

Os ateliers serão carregados de instalações inspiradas no trabalho de Slinkachu, humor, miniaturas, plasticina, imaginação e perguntas. Imaginar uma obra de arte, imaginar alguma coisa, criar algo que não exista ou imaginar o futuro fazem tudo parte do pensamento abstracto. Porque afinal, imaginar o futuro é algo que não podemos tocar, é imaginar algo que ainda não existe.



Beatriz Marques Dias tem desenvolvido o seu trabalho como intérprete e cocriadora de criações artísticas ligadas à dança contemporânea, arte participativa e infância. Como intérprete participou em criações de Filipa Francisco, Francisco Camacho, Madalena Victorino e Tânia Carvalho. Dedica-se à dança contemporânea, mas gosta de arte no geral, gosta de descobrir artistas novos e de decifrar o que torna cada um único. Também gosta muito de conhecer pessoas que não sejam artistas. Actualmente frequenta o 1º ano da Licenciatura em Psicologia do ISPA, em Lisboa.