« – Eis uma pergunta – Por que é que tudo me desperta interesse? Tudo à minha volta. Porque que é que eu tenho sempre perguntas? (…) Tento fugir-lhes : corro, corro todo o dia, ou então nado… mas isso não resolve nada. E então começo a reflectir. Às vezes não há respostas. É uma infelicidade. A princípio, eu pensava que as respostas vinham de dentro. Reflecti e compreendi: tudo o que vem de dentro deve dar-me prazer. Então as respostas vêm de fora? Reflicto como tu. Mas, nesse caso, onde estão elas pousadas, onde estão elas agarradas, onde é o seu ponto?…»
Miúdo em O Miúdo de Arkadi e Boris Strugatski
© Ana Borralho