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Artistas convidados

GUSTAVO CIRÍACO
Gustavo Ciríaco (Rio de Janeiro) é um coreógrafo e artista contextual, cujo trabalho transita entre as artes performativas e as artes da imagem, a performance, a arquitectura, a antropologia e o paisagismo.

Cientista político e bailarino de formação, formado pela Escola Angel Vianna (Rio de Janeiro) e pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais-UFRJ (Rio de Janeiro), Ciríaco formou com Frederico Paredes (durante 10 anos) a Dupla de Dança Ikswalsinats – pioneira no uso do humor na dança contemporânea nacional brasileira.

© Sara Pinheiro

Marcado por um pronunciado perfil site-specific, o seu trabalho articula contexto e arquitectura, geografia e habitação, realidade e ficção, numa pesquisa contínua de 20 anos sobre os campos extensivos da arte de fazer Dança.

Ciríaco tem trabalhado transversalmente através de diferentes campos do saber e das artes, e de seus distintos modos de interacção, reunindo ferramentas e conhecimentos de como lidar com o tempo e espaço comuns. Para tal, o seu trabalho tem envolvido Dança, Teatro, Vídeo, construções de paisagens, narração de histórias e acções urbanas em peças-conversas onde as dimensões do encontro são as inspirações para ficções e situações compartilhadas.

Com uma trajectória internacional, desde as Américas até a Ásia, passando pela Europa e o Oriente Médio, o seu trabalho tem sido acolhido por importantes festivais e instituições. Desde 2018, Ciríaco é artista investigador associado ao programa THIRD, da DAS – Universidade de Amsterdão, com a pesquisa Cobertos pelo Céu.

GUSTAVO CIRÍACO dirige a Oficina AMANHÃS DE ONTEM
17 de Outubro, 14h30 - 17h00

JUAN ESTEBAN SANDOVAL
Desenvolve projectos de arte contemporânea, produz objectos e imagens, cria dispositivos de colaboração e aprendizagem colectiva. Mergulha no processo de criação através da sobreposição de experiências pessoais, da aplicação de técnicas de produção artesanal e da observação de processos sociais. Nos seus projectos articula uma relação entre matéria, sociedade e território, combinando a observação e a experiência individual com a experimentação colectiva. Utiliza a terra nas suas diferentes formas (barro, pigmento, terrenos agrícolas, sapais) na criação de objectos simbólicos, como elemento integrante de uma acção performativa ou como lugar de investigação num processo colectivo.

© Anis Sandoval

É licenciado em Artes Plásticas pela Universidade Nacional da Colômbia. É co-fundador do colectivo El puente_lab e dirige o programa de residências artísticas UNIDEE – Università delle idee di Cittadellarte Fondazione Pistoletto.

JUAN ESTEBAN SANDOVAL dirige a Oficina (D)ESTRUCTURA
17 Outubro, 17h00 - 20h00

RAQUEL ANDRÉ
É coleccionadora, performer, pesquisadora, professora, é artista.
Actualmente é doutoranda no Departamento de Estudos Teatrais da Faculdade de Letras – Universidade de Lisboa com bolsa da Fundação para as Ciências e Tecnologia – uma investigação baseada na sua própria práctica artística, orientada pela investigadora Paula Caspão. Em 2016 finalizou o Mestrado em Coleccionismo nas Artes Cénicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro – Brasil, orientado pela artista e pesquisadora Eleonora Fabião.

© Afonso Sousa

Foi seleccionada pelo INOVArt para fazer uma residência artística de 5 meses na Cia dos Atores (Rio de Janeiro) onde permaneceu durante 8 anos.
O projecto de 10 anos – Colecção de Pessoas – é um marco inegável na sua trajectória como profissional nas artes cénicas. Um acervo vasto, multidisciplinar e irrepetível que reúne quatro projectos: Colecção dos Amantes, Colecção dos Coleccionadores, Colecção dos Artistas e Colecção dos Espectadores.

Todas as colecções focam-se na interacção de Raquel com os habitantes de um território específico. O seu trabalho percorre amplamente a Europa, América do Norte e América do Sul. Partindo de encontros de um para um, Raquel André pretende construir um arquivo do efémero com espectáculos, performances, conferências, livros e exposições.


ANA GIL / TERCEIRA PESSOA
Actriz, criadora e professora.
Licenciada em Teatro pela Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa no ano de 2010. Trabalhou com Rui Mendes, Mónica Calle, Miguel Fonseca, Pedro Alves; apresentando-se no Teatro Nacional D. Maria II, Culturgest, Teatro da Trindade, entre outros.

Em 2012 funda com Nuno Leão a Terceira Pessoa Associação, estrutura na qual assume a direcção artística até ao presente, e onde tem realizado projectos de criação em teatro e cruzamentos disciplinares, serviço educativo, desenvolvimento de públicos e programação.
Nesse mesmo ano inicia também a sua colaboração com o serviço educativo do Cine Teatro Avenida, em Castelo Branco, desenvolvendo oficinas de criação e experimentação artística para público infanto-juvenil.

© Nuno Leão

Em 2014 desenvolve a coordenação artística do projecto Há Festa no Campo / Aldeias Artísticas em 4 aldeias do distrito de Castelo Branco; dirige o projecto Inscrição; cria o espectáculo Mãos Pensantes ou Manual de Pensar com artesãos da Beira Baixa e, em 2015, o espectáculo Primeira Infância: Um Fabulário com apresentações no Teatro Nacional D. Maria II. Em 2017 criou o espectáculo Aqui é sempre outro lugar, com jovens adolescentes da cidade de Castelo Branco e iniciou o projecto internacional de criação em teatro KIF-KIF, uma co-produção entre as companhias Teatromosca, Terceira Pessoa e o Théâtre de la Tête Noire. No ano de 2018 cria e estreia os espectáculos Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no universo e Senso Comum – uma vaga lembrança de um espetáculo. Em 2019 cria o percurso artístico pluridisciplinar Uma linha é um ponto que passeia em Riachos (Torres Novas), integrado no Caminhos Médio Tejo.

Desde 2019 coordena projectos de criação artística no Estabelecimento Prisional da Guarda. No ano lectivo 2022/2023 leccionou as disciplinas de Expressão Dramática e Didáctica das Expressões no curso de Educação Básica da Escola Superior de Educação de Castelo Branco.

TERCEIRA PESSOA (PT) – A Terceira Pessoa é uma estrutura que desenvolve projectos artísticos, com especial enfoque nas artes performativas e nos cruzamentos disciplinares. Constrói um projecto de aproximação da comunidade aos territórios culturais da sua zona, bem como de outros locais do país, e de promoção de uma troca entre o património local e as linguagens contemporâneas.


MARGARIDA MESTRE
Tem formação em Educadora de Infância (ESEI-MU) Dança (Fórum Dança- Curso de Monitores de Dança para a Comunidade), Som (Sonoplastia- IFICT), Música (Curso de Orientadores de Iniciação musical – Fundação Calouste Gulbenkian) e Performance, que estudou e praticou em Portugal, na Europa e em Nova Iorque onde permaneceu dois anos com a Bolsa de Jovens Criadores. É Mestre em Artes Performativas – Teatro do Movimento pela E.S.T.C. de Lisboa e terminou o 1º ano do Doutoramento em Educação Artística do Instituto de Educação / FBAUP.

© Teresa Cardoso

Desenvolve um trabalho de criação artística em redor dos elementos corpo e voz, poesia e cena, escrita e musicalidade, cuidando dos elementos em doses certas de modo a escrever dramaturgias que conjugam diferentes linguagens artísticas para a cena, que ora interpreta, ora orienta outros a fazê-lo.

Tem uma predilecção por trabalho de CORO, por inventar formas contemporâneas de dizer o antigo e investiga e experimenta projectos que intersectam Arte, Educação e Natureza. Apresenta actualmente a Palestra / Performance: Aprender é natural, resultante de uma investigação em redor destes temas (projecto apoiado pela DGArtes).

MARGARIDA MESTRE dirige a Oficina VOZ E A ORALIDADE - um ritual de conjunto
18 Outubro, 17h00 - 20h00

MIGUEL CHETA
Licenciado em Artes Visuais pela Universidade do Algarve, frequentou o MobileHome – Escola Nómada e Experimental de Arte Contemporânea, dirigida por Nuno Faria em Loulé (2009/2012).

Tem participado em projectos educativos que cruzam o Património ou / e a Educação com o processo artístico, tais como Lugares Mágicos da Direcção Regional da Cultura do Algarve, GYMNASIUM – O Pensamento Transformou o Infinito em Serpente da Associação Cultural casaBranca, Arte Vezes Educação da Câmara Municipal de Loulé e 10X10 da Fundação Calouste Gulbenkian.

© Vasco Célio / stills_portugal

Tem vindo a desenvolver um trabalho de programação e curadoria para o Plano de Apoio às Artes (Visuais) do Município de Loulé, desde 2021. Em 2022 assume a Direcção da Associação Alfaia – Arte e Comunidade dedicada às Artes Visuais, com sede em Loulé.

Expõe regularmente e tem um corpo de trabalho multidisciplinar, reflectindo na sua obra, enquanto ser social e político, a sua relação de proximidade com o território que ama e habita, este lugar periférico, paradigmático conhecido por Algarve.